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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Eu estava errado. Perdoe-me!

Em muitas situações de desentendimento e desconfiança nos relacionamentos humanos, bem como nas separações, brigas no trabalho e nos ambientes sociais, é importante reconhecermos uma de nossas grandes falhas: a falta de um pedido de perdão. Não reconhecermos nossos erros é um grande obstáculo na qualidade do convívio.

Por qual motivo temos estas dificuldades? Um deles é admitir a “perda da nossa dignidade”, ter de passar por cima do nosso orgulho, sentirmo-nos ameaçados ao expormos nossos pontos fracos, ou que, ao pedirmos desculpas, o outro “nos 'passe na cara' ou use isto como uma vingança”, ou ainda que “seja lembrado pelos erros ou punido por ser honesto”. (Powell, J. 1985). Acho que, muitas vezes, você já viveu isto, não é mesmo?

Em várias situações, sentimo-nos inferiores ao pedir desculpas; temos a necessidade de passar parte de nossa vida provando que somos sempre certos, que somos sempre capazes, que somos fortes e invencíveis. De alguma forma, esta necessidade vai sendo imposta a nós e pode ser uma grande armadilha em nossas vidas.

Em outras situações, posso usar o seguinte pensamento: "se não recebi as desculpas do outro, por que eu vou me sujeitar a pedir desculpas?”. Isto nada mais é do que um grande processo de imaturidade, ao deixarmos que os comportamentos da outra pessoa possam determinar os nossos comportamentos e atitudes. É como achar certo roubar, porque alguém já roubou, não foi descoberto e nunca foi punido.

Assista também: "O perdão é o caminho para a cura", com o saudoso padre Rufus

Para que possamos chegar ao ponto de pedir desculpas, é válido encontrar um ponto de honestidade com nós mesmos, assumindo falhas e limitações. Esta honestidade interior faz com que vejamos, verdadeiramente, nossa responsabilidade nas situações, possamos reconhecer o que fizemos e entrar numa atitude de reconciliação com o outro. Talvez, nem sempre consigamos perdão, mas a atitude de reconhecer é totalmente sua e, certamente, muito libertadora.

Peça desculpas, mas livre-se dos que levam você a pensar: “você provocou isto”, “só reagi assim, porque você é culpado”, “estou tratando você como fui tratado por você”. Tais formas “racionais” de explicar um fato, apenas alimentam em nós mais raiva e mais ressentimento. Faz com que cubramos nossos erros e não permite que, honestamente, possamos admitir o que foi feito de errado.

“O perdão é instrumento de vida” (Cencini, A . 2005) e “força que pode mudar o ser humano”. Certamente, “a falha em pedir desculpas”  e em perdoar só servirão para prolongar a separação entre duas pessoas. Para isto, “a verdade precisa estar presente em todos os sinceros pedidos de desculpa” (Powell, J. 1985), compreendendo a extensão dos prejuízos que nossas atitudes, por vezes desordenadas e desmedidas, possam ter provocado na vida do outro.

Por vezes, precisamos quebrar nossas barreiras interiores e realizarmos um grande esforço ao dizer: “Eu estava errado, perdoe-me!”, pois este esforço fará sua vida muito melhor, mesmo que o outro não aceite, de imediato, seu pedido, mas sua vida já foi mudada a partir deste gesto.

Pense nisto: Para quem você gostaria de pedir perdão hoje?


Elaine Ribeiro
Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Entrei para a Igreja: O que fazer agora?

Você, com certeza, já viveu uma experiência semelhante. Faz um encontro de oração maravilhoso, ou participa de um grupo de oração poderoso, sente aquela vontade de não abandonar nunca mais o caminho da Igreja, o caminho de Deus. Encontrou finalmente aquele que pode preencher o vazio que existia em seu coração e deixou-se ser alcançado, seduzido pelo Senhor e agora a única coisa que você pretende fazer é ser de Deus, amar a Deus, servir a Deus com toda a sua vida, anunciar a palavra para seus amigos, sua família, abandonar o pecado, a vida velha e começar a viver uma nova vida.
Ficamos desejosos em servir esse Deus que realizou tanto em nós. Queremos doar toda a nossa vida para servi-lo. Eis que surge a pergunta: O que fazer? Onde eu posso servir? Eu não sei cantar, nem pregar, eu não tenho dom nenhum, eu posso servir?
A grande característica das pessoas que encontravam com Jesus era o chamado apostólico, o chamado a fazer o que ele estava fazendo, o chamado a ser um discípulo! "Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Mc 16,15", e não ficarmos apenas contemplando-O em sua presença como Pedro, Tiago e João no Monte Tabor (Mt 17) ou como os discípulos de Emaús (Lc 24). Muitos, infelizmente, querem ficar só ali se deliciando da presença de Deus, claro é o que preenche nossa alma, mas o chamado a ser um evangelizador precisa ser abraçado e vivido todos os dias.
Somos chamados a Evangelizar! Eis o nosso primeiro ministério: Somos discípulos de Jesus! Somos chamados a falar para os outros o que Jesus fez em nossa vida e que pode fazer na vida dos outros. Acontece que nós queremos fazer isso sem conhecimento da palavra de Deus, dos documentos da Igreja, enfim, queremos falar (ou viver) de Deus sem conhecer Deus profundamente. E conhecê-lo exige de mim esforço e dedicação. 
Acredito que você tem um grande amigo e conhece os gostos, as vontades, os medos, onde ele mora, o que ele gosta de fazer, o celular dele, sabe quando ele está nervoso, calmo, feliz, e isso não aconteceu do dia pra noite. Foi preciso você ter intimidade com ele, ter um convívio, o que com certeza levou muito tempo. Com Deus é a mesma coisa. Precisamos primeiramente conhecer Deus mais profundamente. Nossa fé superficial nos deixa muito incoerentes, sem saber o certo acabamos tropeçando em assuntos de fé. E muitos acabam perdendo essa fé, justamente por não buscar conhecimento sobre Deus. São Jerônimo vai dizer que "Aquele que não conhece as Escrituras, desconhece o próprio Cristo." Precisamos conhecer mais de quem falaremos.
Você que é recém chegado a Igreja de Jesus, antes de tudo, procure saber mais sobre Ele e sobre Ela (Igreja). Leia a Bíblia, leia os documentos da Igreja, leia a história dos Santos, lá você encontrará exemplos de pessoas simples como nós que conseguiram fazer a vontade de Deus, a própria Internet é um meio espetacular, onde encontrarmos todos os santos da Igreja, livros espirituais escrito por eles, que ajudaram tantos outros a serem convertidos. Saia do comodismo intelectual e comece a aprender (estudar) sobre a vida dos santos na Internet! Participe ativamente da sua comunidade, mais cedo ou mais tarde você vai encontrar o seu ministério. Na Santa Igreja há espaço e lugar para todos desenvolverem o talento que Deus deu a cada um e assim sermos membros de um só Corpo. Mas jamais se esqueça, o conhecimento é decisivo para a nossa fé.

"Muito conhecimento unido a pouca santidade é preferível que muita santidade sem conhecimento." Santo Inácio de Loyola



Pedro Henrique 
Fundador da Missão Anunciadores da Cruz

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Como você tem construído seus planos?


Em nossa vida fazemos planos, estabelecemos metas e, com isso, visualizamos situações que “podem vir a ser”, que “podem ocorrer”, e nos colocamos numa posição de expectativa e investimento de energia, trabalho e emoção. As expectativas de vida podem, em algum momento, concretizar-se ou não.
O acúmulo de expectativas e situações não resolvidas, bem como problemas cotidianos, profissionais e pessoais podem nos levar ao famoso estresse, que não vem apenas por aquilo que está externo a nós e visível, como problemas, pessoas, falta de dinheiro, desemprego, etc., mas especialmente ao que chamamos de fatores internos, e um em especial: a maneira como interpretamos a vida e seus acontecimentos, as pessoas com as quais convivemos, as situações pelas quais passamos.

Geramos ou pioramos um estado de estresse pela forma como encaramos a vida. Quer um exemplo bem simples de como isso acontece? Por um descuido, você bate seu carro. Não é nada grave, não houve vítimas. Qual a solução mais prática? Buscar um funileiro, avaliar os danos, fazer o orçamento, as formas de pagamento, se você pode ou não pagar agora e decidir por fazer o conserto. Isso é prático, racional e direto (mesmo sabendo que haverá um gasto e que você não poderá pagá-lo agora).

Assista: "Quero ser curado", com o saudoso padre Léo, scj


Porém, um modo que gera grande desgaste é olhar para a mesma situação cobrando-se: “Eu fiz tudo errado! Como pude bater este carro! Eu não me perdoo, sou mesmo um idiota”. Todos esses pensamentos estressantes e autopunitivos trouxeram alguma solução? Certamente não. Percebe agora como nossos pensamentos e crenças pessoais podem influenciar nossa reação diante de um acontecimento?

A forma como interpretamos as situações e o modo como nossos pensamentos se desenrolam desencadeiam, portanto, a produção do famoso estresse. Crença é aquilo que dá significado à nossa vida. Se eu creio em Deus, meus atos tendem a ser pautados por essa crença. Por outro lado, se creio que tudo será péssimo, que não sou capaz, que nada dá certo comigo ou que nunca minhas expectativas darão certo, temos aí um bom caminho para atitudes desfavoráveis e um amontoado de novos pensamentos negativos e um belo caminho para o adoecimento e para um círculo contínuo e vicioso de estresse.

Muitas vezes, quando estamos nesse estado, achamos mil desculpas para justificá-lo: "Estou estressado porque meu carro quebrou". Ou: "Porque meu time perdeu", assim como: "Porque meu namoro acabou", porque ... porque... porque... sempre baseados em fatos externos. 

Você já parou para pensar qual é a sua parcela de responsabilidade diante do que não deu certo? Será que não é devido à sua forma de ver o mundo que o estresse acontece e com ele todas as consequências físicas e emocionais em sua vida?

Faço este convite a você: pare e observe como você encara o mundo ao seu redor. Este pode ser um primeiro passo para não ser refém da vida e dar um novo significado à sua história.



Elaine Ribeiro
Psicóloga da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Conservar o caminho ou mudar a rota?

A carta de Tiago mostra a sabedoria do discernimento cristão diante das situações. Dirige-se a todas as comunidades cristãs, simbolizadas pelas doze tribos do novo povo de Deus. Esta carta reduz toda a lei judaica ao mandamento do amor ao próximo. Pode-se dizer que é a explicação das exigências desse mandamento em diversas circunstâncias: igualdade cristã, preferência pelos pobres, amor ativo.

A carta de Tiago se opõe a um tipo de religião que foge dos compromissos existenciais para se refugiar no ritualismo, justificando as injustiças ou fechando os olhos diante delas. O texto demonstra que todos os dons vêm de Deus. Entre esses dons está a vocação cristã. Ora, em Deus não há variação nem sombra de mudança. Por isso, pertencer a Ele enquanto criatura e, mais ainda, como cristão, comporta coerência e continuidade com o projeto divino, animado pelo Espírito.


Assista também: "Um coração puro e decidido", com Dunga 


O anúncio do Evangelho, que provocou mudança na vida cristã a ponto de as pessoas terem abraçado o batismo, faz com que os cristãos sejam os primeiros frutos da nova sociedade que nasce da prática de Jesus e do compromisso dos que aderem a Ele. Com base nisso, Tiago os convida a acolher a Palavra e a por em prática o que ela determina para merecer o nome de "cristão". Isso está em estreita relação com as exigências que Jesus fez a seus discípulos.

No tempo em que esta carta foi escrita, as comunidades cristãs arriscavam fechar-se em si mesmas, sem compromisso com a transformação da sociedade. Tiago insiste que “a religião pura e sem mancha diante de Deus Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e guardar-se livre da corrupção do mundo”. Em síntese, religião é solidariedade com os marginalizados. Mais uma vez, Deus nada pede para si. O autêntico relacionamento com Ele passa pelo caminho necessário da fraternidade e da justiça.

Isto nos leva a concluir que nem sempre podemos nos acomodar e conservar ideias pré-estabelecidas. Às vezes, é preciso mudar o nosso modo de ser, mudar o mundo para melhor.



Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Nasceu da Virgem Maria


"Na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho ao mundo, que nasceu de uma mulher..." (Gl 4,4). No tempo determinado por Deus, no auge do Império Romano, o maior que a humanidade já conheceu, no reinado de Otávio Augusto (30 aC – 14dC),  o Filho Único do Pai, a Palavra Eterna, o Verbo, a Imagem substancial do Pai encarnou-se no seio da Virgem Maria sem perder a natureza divina, assumindo a natureza humana. A Igreja ensina que Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, pois isso foi revelado por Deus.

“O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo... O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1,30-35).

Deus escolheu a Virgem Maria para ser a mãe de Seu Filho. "Cheia de graça", a Imaculada é "o fruto mais excelente da Redenção". Desde o primeiro instante de sua concepção, ela foi preservada do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida (cf. §508). Esse dogma de fé foi proclamado, solenemente, pelo Papa Pio IX, em 1854, pela Bula Pontifícia “Inefabilis Deus”. Ela é, verdadeiramente, a mãe de Deus, a mãe do Filho Eterno de Deus feito homem.

Maria "permaneceu Virgem concebendo seu Filho, ao dá-lo à luz, ao carregá-lo. Virgem ao alimentá-lo de seu seio, virgem sempre, a serva do Senhor" (Lc 1,38). No “Credo do Povo de Deus”, Paulo VI disse: “Cremos que Maria Santíssima, que permaneceu sempre Virgem, tornou-se Mãe do Verbo Encarnado, nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo; e que por motivo desta eleição singular, em consideração dos méritos de seu Filho, foi remida de modo mais sublime, e preservada imune de toda a mancha do pecado original; e que supera de longe todas as demais criaturas, pelo dom de uma graça insigne”(n. 14).

E Paulo VI confirma que Nossa Senhora foi elevada ao céu de corpo e alma, dogma da assunção, proclamado, solenemente, pelo Papa Pio XII, em 1950, pela Bula Pontifícia “Munificientíssimus Deus”.

“Associada por um vínculo estreito e indissolúvel aos mistérios da Encarnação e da Redenção, a Santíssima Virgem Maria, Imaculada, depois de terminar o curso de sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma à glória celestial; e, tornada semelhante a seu Filho, que ressuscitou dentre os mortos, participou antecipadamente da sorte de todos os justos. Cremos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no céu a desempenhar seu ofício materno, em relação aos membros de Cristo, cooperando para gerar e desenvolver a vida divina em cada uma das almas dos homens que foram remidos” (n. 15).

Assista também: " Quem é Maria?", com professor Felipe Aquino


Para salvar a humanidade, Jesus precisava ser Deus e Homem ao mesmo tempo, para poder ser o mediador entre Deus e os homens e poder oferecer à Justiça Divina uma reparação humana, mas de valor infinito, que só o Senhor pode oferecer. A Carta aos Hebreus diz que: “por isso convinha que ele se tornasse em tudo semelhante aos seus irmãos, para ser um pontífice compassivo e fiel no serviço de Deus, capaz de expiar os pecados do povo” (Hb 2,17).A Igreja ensina que Jesus Cristo é “verdadeiro Deus” e “verdadeiro homem”, na unidade de Sua Pessoa Divina: por isso Ele é “o único mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2,4). A Pessoa de Jesus é divina, mas Ele possui duas naturezas: a divina e a humana, não confundidas, mas unidas na única Pessoa do Filho de Deus. Cristo tem inteligência e vontade humanas, perfeitamente concordantes e submetidas à sua inteligência e à sua vontade divinas que tem em comum com o Pai e o Espírito Santo.

A Igreja teve de enfrentar várias heresias que negavam a humanidade plena de Jesus ou a sua divindade. Houve a heresia chamada “monarquianismo” (dinamista e modalista), a qual defendia Jesus como sendo um mero homem que, no momento do batismo, foi revestido de poder (dynamis) divino. Jesus era, portanto, considerado um “homem especial adotado por Deus como Filho”. O mentor desta heresia foi Teódoto de Bizâncio, que o Papa São Vítor (189-199) excomungou em 190. O bispo Paulo de Samósata, homem ambicioso, apoiou essa heresia no século III.

O monarquianismo modalista ensinava que o Filho era o próprio Pai ou “o modo pelo qual o Pai se manifestava”; assim, o Pai teria padecido na cruz. O Papa Zeferino (198-217) afirmou a Divindade de Cristo e a unidade de essência em Deus sem negar a diversidade de pessoas do Pai e do Filho. O Papa Calisto (217-222) também combateu a heresia. O modalismo foi sistematizado pelo sacerdote Sabélio, em Roma, e estendido ao Espírito Santo. O modalismo não via nas Pessoas Divinas senão “modos” de ação de um só Deus; não pessoas reais individualizadas. A teoria de Sabélio foi combatida em Roma também por Santo Hipólito.

Em 325, o Concílio Universal de Nicéia, o primeiro da Igreja, condenou a terrível heresia chamada arianismo, de Ário, um sacerdote de Alexandria, no Egito. Ele ensinava que Jesus não era Deus, mas a mais bela criatura de Deus, por meio de quem o Pai teria criado todas as coisas. Foi uma heresia que deu muito trabalho à Igreja, porque alguns imperadores romanos cristãos se tornaram hereges e protegeram esta heresia (Constâncio II, Valente). No ano 431, no Concílio de Éfeso, a Igreja condenou a heresia de Nestório, Patriarca de Constantinopla, pois este ensinava que em Jesus há duas pessoas, e que Maria não era mãe de Deus, apenas mão do homem Jesus. O Concílio de Éfeso disse que Maria é “Theotókos” (Mãe de Deus).

Outra heresia foi o “apolinarismo’, de Apolinário de Laodicéia. Ele negava que Jesus tivesse alma humana, condenada pela Igreja; outra foi o monofisismo de Êutiques, um monge de Constantinopla que negava a natureza humana de Jesus; condenada pela Igreja no Concílio Ecumênico de Calcedônia, em 451, pelo Papa Leão Magno. Outra foi o “monoteletismo” de Sérgio, patriarca de Constantinopla; ele negava que Jesus tivesse uma vontade humana; condenada pelo Concílio de Constantinopla III, em 680. E outras menos importantes.

Se Jesus não fosse perfeitamente homem e perfeitamente Deus, não poderia ser o Redentor da humanidade; essa era a questão chave que a Igreja defendia e defende.


Prof. Felipe Aquino
Canção Nova